TREINAMENTO FÍSICO

TREINAMENTO FÍSICO



Constitui-se pelos métodos e processos de treino, utilizados de forma seqüencial em obediência aos princípios da periodização e que visam a levar o atleta ao ápice de sua forma física específica, a partir de uma base geral ótima (DANTAS, 2003).
Verchoshanskij (1998) conta que o aumento constante do potencial motor e a melhoria da capacidade do indivíduo de utilizá-lo eficazmente, deve ser considerada a variável principal no processo de treinamento.
De acordo com D’ Elia e D’ Elia (2005) a base de qualquer treinamento físico é o estímulo. O corpo pode ser estimulado de inúmeros modos e reage de outras tantas maneiras, gerando adaptação. Com isso, ficamos mais fortes, mais ágeis ou mais rápidos.
Princípios do treinamento físico:

► Princípio da individualidade biológica: Segundo Monteiro (2002, apud DANTAS, 19971) as diferenças existentes entre as pessoas quanto à carga genética (genótipo) e às experiências adquiridas após o nascimento (fenótipo) caracterizam a individualidade biológica.
O respeito à individualidade biológica é o primeiro passo para a prescrição de um programa de exercícios seguro e coerente de acordo com a condição física de cada indivíduo (CAMPOS; NETO, 2004).
1 DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. Rio de Janeiro: Shape, 1997.

► Princípio da supercompensação: D´Elia e D´Elia (2005) afirmam que o corpo adapta-se aos estímulos recebidos. Quando o estresse aplicado ao corpo é maior do que ele está acostumado, ocorre uma supercompensação a nível fisiológico.

► Princípio da sobrecarga: é o aumento progressivo na carga de trabalho, a partir do momento em que o indivíduo adapta-se a essa carga para a melhoria da aptidão física. A sobrecarga pode ser aplicada em duas situações distintas, no volume ou na intensidade (MONTEIRO, 2002).
Segundo Dantas (2003) imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando a restabelecer a homeostase. O tempo necessário para a recuperação é proporcional à intensidade do trabalho realizado. Se a carga não for demasiadamente forte, o organismo será capaz de compensá-la, quase totalmente, com quatro horas de repouso, quando já se prepara para sofrer um novo desgaste, mais forte que o anterior.
► Princípio da adaptação: para que este princípio seja entendido é preciso que se compreenda o conceito de homeostase – estado de equilíbrio instável mantido entre os sistemas constitutivos do organismo vivo, e o existente entre este e o meio ambiente. Sempre que esta é perturbada, o organismo dispara um mecanismo compensatório que procura restabelecer o equilíbrio, acarretando numa resposta adequada (DANTAS, 2003).

► Princípio da continuidade e reversibilidade: O organismo adapta-se a um nível habitual de solicitação, onde os efeitos do treinamento revertem-se, caso o indivíduo torne-se mais inativo (MONTEIRO, 2002).
Dantas (2003) relata que dois aspectos ressaltam, imediatamente, desse princípio: a interrupção do treinamento e a duração do período de treinamento; onde acontecendo uma interrupção, igual ou superior a quatro semanas deve-se partir da “estaca zero”, embora a progressão subseqüente seja mais rápida que a observada originalmente.
O segundo aspecto a considerar neste princípio, é referente à duração mínima do treinamento, onde para se obter os primeiros resultados no desenvolvimento das qualidades físicas visadas, se faz necessário um mínimo de persistência nos exercícios, com o intuito de propiciar uma duração que permita ocorrer as alterações bioquímicas e morfológicas necessárias (DANTAS, 2003).

► Princípio da especificidade: este princípio tem muita inter-relação com o princípio da individualidade biológica. Ele diz que as adaptações que ocorrem no corpo humano, decorrentes da atividade física, são específicas daquele determinado programa de exercícios. O tipo de contração muscular, a velocidade, o ângulo de execução e a amplitude do movimento, a sinergia entre os músculos, a seqüência de movimentos, a postura, os sistemas energéticos, todos devem apuradamente refletir a ação que o atleta realiza durante a competição, ou que o indivíduo realiza numa atividade da vida diária (CAMPOS; NETO, 2004).


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TREINAMENTO FUNCIONAL "RESUMO"

TREINAMENTO FUNCIONAL "RESUMO"


Esta pesquisa bibliográfica teve origem na necessidade de verificar o treinamento funcional resistido, como método de preparação neuromuscular do corpo humano. Tendo como objetivo demonstrar a eficiência do método na manutenção e desenvolvimento da capacidade funcional do ser humano, independe mente da fase de vida em que este se encontre. Com isso, buscou-se abordar os princípios do treinamento físico, destacando-se a individualidade biológica e a especificidade; os benefícios e a estrutura para a montagem de programas de treinamento resistido com eficiência e segurança; o entendimento da metodologia e objetivos do treinamento funcional; e por fim, o método treinamento funcional resistido e sua eficiência na manutenção e desenvolvimento da capacidade funcional e condicionamento físico global do corpo humano. Concluiu-se que os exercícios do treinamento funcional resistido, desde que bem planejados e orientados, de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo, desenvolvem as capacidades físicas necessárias e indispensáveis para uma eficiente atividade diária e esportiva.

FONTE; WEB
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